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INSS já devolveu R$ 292 milhões a vítimas de descontos indevidos

A expectativa do governo é de que novas devoluções ocorram nos próximos meses

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 12 de junho de 2025 às 14h24.

O governo federal já devolveu R$ 292 milhões a aposentados e pensionistas que foram vítimas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A cifra corresponde a valores que haviam sido indevidamente descontados dos benefícios por meio de empréstimos consignados contratados sem autorização dos beneficiários.

A devolução faz parte de uma força-tarefa coordenada pelo Ministério da Previdência Social, que identificou irregularidades em contratos firmados por meio de correspondentes bancários e instituições financeiras. Segundo a pasta, os golpes se intensificaram com o uso de dados pessoais obtidos de forma ilegal, o que facilitou a contratação fraudulenta de crédito consignado.

Desde o início da atual gestão, o ministério tem reforçado medidas de controle e transparência. Entre as ações adotadas estão a suspensão de contratos suspeitos, a ampliação da fiscalização sobre bancos e a criação de canais específicos para denúncias e atendimento às vítimas.

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou que o objetivo é garantir a segurança dos beneficiários e responsabilizar os envolvidos nas fraudes. “Estamos trabalhando para que os aposentados não sejam mais alvo fácil de criminosos que se aproveitam da vulnerabilidade dessas pessoas”, disse.

A expectativa do governo é de que novas devoluções ocorram nos próximos meses, à medida que mais casos forem identificados e processados istrativamente. O tema também está sendo acompanhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal (MPF), que investigam a atuação de agentes financeiros no esquema.

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de envolvidos em fraudes no INSS

A Justiça Federal determinou na semana ada bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de empresas e sócios acusados de integrarem o esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social.

A decisão foi proferida pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) após a Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril.

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