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Como ajustar sua carteira para maximizar os ganhos com criptomoedas? Entenda

Sua alocação atual em cripto ainda faz sentido? Saiba como investidores inteligentes estão ajustando as suas carteiras para maximizar os ganhos neste mercado de alta.

Dogecoin é uma das criptomoedas para ficar de olho em março (Reprodução/Reprodução)

Dogecoin é uma das criptomoedas para ficar de olho em março (Reprodução/Reprodução)

FP
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 14 de junho de 2025 às 11h08.

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Bitcoin sobe, bitcoin cai, e talvez você não tenha percebido o quanto essas variações afetam o seu portfólio.
Quando foi a última vez que você conferiu se a sua carteira cripto está realmente equilibrada?

Se essa atitude não faz parte da sua rotina com seus investimentos cripto, você precisa começar já.

Uma carteira balanceada é uma das formas mais eficientes de manter controle tanto sobre riscos quanto resultados.

Em ciclos de alta como o atual, essa necessidade é ainda maior, já que você tem de lidar com uma volatilidade mais feroz.

Por exemplo: quando um ativo sobe demais na sua carteira, ele causa um desequilíbrio e pode dilapidar seus ganhos anteriores caso e por uma grande queda.

Se você quer investir com consistência, precisa dominar a habilidade de calibrar a carteira com precisão, sem se apegar demais ao que subiu nem insistir no que perdeu tração.

Essa estratégia se chama rebalanceamento e, embora muita gente fale sobre ela, poucos realmente a entendem e aplicam com sucesso.

Vamos ver como o rebalanceamento pode turbinar a performance da sua carteira e como executá-lo da forma certa.

Entendendo o conceito

Um portfólio de investimentos precisa estar alinhado ao seu plano e não à euforia do mercado.

Isso vale para qualquer composição: renda fixa, ações, fundos imobiliários, ativos digitais e outras classes. Quando acontece de uma classe se valorizar de forma acelerada, a proporção que ela ocupa dentro do portfólio tende a desviar da divisão planejada.

O resultado? Sem perceber, você está minando a própria estratégia que definiu para proteger seu capital e alcançar seus objetivos.

Pense no seguinte cenário: você tinha uma alocação equilibrada entre quatro classes de ativos, cada uma representando 25% do total, sendo uma delas cripto.

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Com o ciclo de alta, alguns ativos digitais da sua carteira subiram e a fatia cripto subiu para 50%. Isso significa que, proporcionalmente, todas as outras categorias perderam espaço. O portfólio ficou desequilibrado. E a ideia de diversificação, que é justamente diluir riscos, deixou de ser cumprida.

É nesse ponto que entra o rebalanceamento.

Em vez de seguir um calendário fixo, você pode rebalancear considerando o desvio em relação à alocação original.

Entendam: não estou dizendo que a intenção aqui é corrigir toda e qualquer oscilação, mas, sim, definir critérios claros para identificar quando o gap entre o plano e a realidade da carteira pede ação.

Esse desvio pode ser percentual. Um exemplo simples: se uma determinada posição sobe 5% além do que estava previsto na alocação original, pode ser o momento de reajuste. A ideia é agir preventivamente: reduzir o excesso no momento certo, antes que uma queda brusca destrua os seus ganhos ou até amplifique perdas.

No contexto cripto

Dando um zoom na composição da sua carteira cripto, a lógica deve funcionar da mesma maneira. A diferença é que, com a volatilidade típica do setor, qualquer descuido pode distorcer o portfólio ainda mais rapidamente.

Imagine uma carteira hipotética estruturada da seguinte forma: 40% em bitcoin, 30% em ether e 30% em outras altcoins. Se uma dessas posições, por exemplo, em altcoins, valorizar bastante, ando a representar um peso maior do que o definido no plano, é hora de reavaliar.

Nesse caso, o primeiro o é determinar o quanto de desvio justifica a movimentação. Eu, pessoalmente, costumo me basear em 5% de variação.

Suponhamos que suas altcoins (30% iniciais) saltam para 40% da carteira na altseason. Esse desvio de 10 pontos percentuais (bem acima do seu limite de 5%) significa que você está agora com 40% do capital exposto aos ativos mais voláteis da criptoesfera, exatamente quando o risco de correção é maior.

Como se proteger? Vendendo parte da posição para reduzir o peso na carteira. Os recursos da venda podem ser reinvestidos ou mantidos em caixa, como margem para aproveitar oportunidades futuras com mais liquidez.

Outra forma de rebalancear é considerar o perfil dos ativos dentro da própria carteira cripto. Eu costumo categorizar minhas posições por fatores como tecnologia, setor ou função — por exemplo, tokens de infraestrutura, protocolos DeFi ou ativos ligados à RWA (tokenização de ativos do mundo real).

Essa organização ajuda a manter a carteira aderente ao plano original, mesmo quando o mercado todo está em alta.

No fim das contas, rebalancear é uma forma de proteger ganhos, evitar excessos e manter a carteira fiel ao que foi definido antes das oscilações de humor do mercado.

Não é simples, exige energia, disciplina e estratégia. Mas os frutos vêm.

Rebalancear é uma forma de realizar lucros

Ao diminuir a participação dos ativos que mais subiram, o investidor transforma parte dos ganhos em resultado concreto, e ainda ganha fôlego para reforçar posições que ficaram para trás ou redistribuir em outras moedas.

É uma forma objetiva de aplicar o princípio de “vender na alta e comprar na baixa” sem ficar tentando cronometrar o mercado.

Em bull markets, essa estratégia ganha, inclusive, mais importância. Quando os preços disparam, é comum que a euforia faça com que muitos deixem a carteira em desequilíbrio sem nem perceber.

O problema é que, nesse cenário, o risco cresce em silêncio. Você só se dá conta quando o mercado corrige, corroendo os ganhos e, em muitos casos, gerando prejuízo.

Rebalancear permite capturar parte do lucro em movimento e proteger a carteira antes que a maré vire.

Gestão de risco, não só de retorno

Imaginemos que uma altcoin se valorize tanto que a a ocupar quase metade da carteira cripto. Na euforia, isso pode parecer um bom problema. Mas basta uma queda drástica, o que não é raro na criptoesfera, para que boa parte da performance acumulada seja devolvida em poucos dias.

Reduzir esse risco faz parte do objetivo do rebalanceamento. Ao manter as alocações dentro dos limites definidos no plano, o investidor evita que um único movimento comprometa a estratégia como um todo.

O mito do congelamento

Muita gente acha que o rebalanceamento engessa a carteira. Na verdade, é o oposto: você está adaptando a composição em tempo real às dinâmicas do mercado, mas sem perder o rumo. Essa é a grande diferença entre ser reativo e ser estratégico.

O reajuste serve para preservar o que você conquistou e abrir espaço para novos ganhos. Ao mesmo tempo, limita o impacto de erros e protege contra movimentos bruscos.

Minha experiência

Prefiro ajustar a carteira com mais frequência quando o mercado entra em ciclos de valorização mais intensa. Esse timing costuma ser ideal para realizar parte do lucro e fortalecer a posição em caixa, o que traz mais resiliência para encarar correções futuras. Ter liquidez nesses momentos funciona como uma espécie de blindagem.

Em períodos de queda mais forte, evito fazer muitos ajustes enquanto o cenário ainda está indefinido. Prefiro observar até entender com mais clareza aonde o mercado pode ir.

No bull market, quando os ativos engatam uma trajetória firme de alta, minha rotina de rebalanceamento é, mais ou menos, a cada 15 ou 30 dias, ou sempre que detecto um desvio relevante nas alocações. Pode ser uma variação de 5%, 10%, ou mesmo um ajuste baseado em metas específicas que defini para aquele ciclo.

Dito tudo isso, agora cabe a você colocar as suas intenções nos seus investimentos e entender o que funciona para os seus objetivos.

A verdade é que o mercado não espera e a sua carteira também não pode ficar parada. Rebalancear é tomar o controle para manter a rota clara mesmo quando os ânimos testam a sua disciplina ou quando as oscilações tentam te desviar do foco.

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