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Bolsas recuam com incertezas sobre tarifas dos EUA e dados fracos no Reino Unido

Mercados operam em baixa nesta quinta-feira, 12, em meio à tensão geopolítica e sinais mistos nas negociações comerciais com a China

Publicado em 12 de junho de 2025 às 06h27.

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As bolsas internacionais operam em queda na manhã desta quinta-feira, 12, refletindo a cautela dos investidores diante das declarações ambíguas dos Estados Unidos sobre tarifas comerciais e da divulgação de dados econômicos decepcionantes no Reino Unido.

As falas do presidente Donald Trump sobre um acordo ainda indefinido com a China, que envolveria tarifas de até 55% sobre produtos chineses, não foram suficientes para animar os mercados. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas permanecerão nesses patamares, mas não deu mais informações sobre sua aplicação.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. O índice Nikkei 225, do Japão, caiu 0,65%, enquanto o Topix recuou 0,21%. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,45% e o Kosdaq avançou 0,4%. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,11%, enquanto o CSI 300, da China, encerrou o pregão estável. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,31%, e o Nifty 50, da Índia, teve queda de 0,45%.

Na Europa, os principais índices operam no vermelho, pressionados por dados fracos do Reino Unido e incertezas comerciais.

Por volta das 6h10 (horário de Brasília), o Stoxx 600 caía 0,55%, o DAX, de Frankfurt, recuava 1%, e o CAC 40, de Paris, perdia 0,46%. O FTSE 100, de Londres, oscilava próximo da estabilidade, com leve alta de 0,03%, após o país divulgar contração de 0,3% no PIB de abril, pior do que o previsto, e forte queda nas exportações para os Estados Unidos.

Em Nova York, os índices futuros indicam abertura negativa, acompanhando o tom mais cauteloso dos mercados globais. Os futuros do Dow Jones recuavam 0,48%, os do S&P 500 caíam 0,41%, e os do Nasdaq 100 perdiam 0,41%.

Na véspera, as bolsas americanas fecharam em baixa após a divulgação do índice de preços ao consumidor (I) de maio, que mostrou inflação abaixo do esperado e trouxe alívio pontual, mas não consolidou as expectativas sobre os próximos os do Federal Reserve

No after-market, a Oracle foi destaque, com alta de mais de 7% após divulgar projeções robustas para sua divisão de nuvem.

No mercado de commodities, o petróleo devolve parte dos ganhos da véspera nesta manhã. O barril do Brent recua 1,3%, a US$ 68,89, e o WTI cai 1,2%, a US$ 67,33, em meio ao aumento das tensões entre Estados Unidos e Irã.

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