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Conflito entre Israel e Irã, alta do petróleo e dados de serviços no Brasil: o que move o mercado

Ataques no Oriente Médio elevam aversão ao risco e pressionam ativos globais nesta sexta-feira

Publicado em 13 de junho de 2025 às 07h22.

Os mercados internacionais amanhecem sob forte tensão nesta sexta-feira, 13, após o lançamento de ataques aéreos de grande escala por parte de Israel contra instalações nucleares e militares no Irã. Em resposta, Teerã lançou cerca de 100 drones contra o território israelense, alimentando o temor de uma escalada no conflito e de possíveis impactos na oferta global de petróleo.

A cotação do Brent saltava quase 10% na noite de quinta-feira, e os contratos futuros do petróleo já acumulam alta de mais de 7% nesta manhã, atingindo os maiores níveis em quase cinco meses. A resposta do mercado incluiu uma corrida por ativos considerados mais seguros, como o dólar, o ouro, os títulos do Tesouro dos EUA e os bonds japoneses (JGBs).

Os índices futuros de Nova York registram perdas expressivas. Por volta das 7h (horário de Brasília), o Dow Jones Futures recuava 1,19%, o S&P 500 Futures caía 1,19% e o Nasdaq 100 Futures apresentava queda de 1,47%. A aversão ao risco também pressionava as bolsas europeias, com o DAX em baixa de 1,35%, o CAC 40 caindo 1,10%, o Stoxx 600 recuando 0,80% e o FTSE 100 perdendo 0,35%.

As bolsas da Ásia encerraram o pregão em forte queda, refletindo a escalada das tensões no Oriente Médio. O índice Nikkei, do Japão, recuou 0,89%, enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, caiu 0,87%. Na China, o CSI 300 perdeu 0,72% e o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 0,59%. Já o S&P/ASX 200, da Austrália, fechou com baixa de 0,21%.

No radar hoje

O ambiente de negócios continua pressionado por incertezas geopolíticas, temores sobre o comércio global e a expectativa em torno das decisões dos principais bancos centrais.

Além do conflito no Oriente Médio, investidores seguem acompanhando os desdobramentos do acidente fatal com um voo da Air India, que matou mais de 240 pessoas e impactou as ações da Boeing e de fornecedores como GE Aerospace e Spirit AeroSystems.

Na agenda econômica, o destaque internacional é a prévia de junho do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que também traz as projeções de inflação para um e cinco anos. Nos Estados Unidos, os últimos dados de inflação vieram abaixo do esperado, o que levou a uma queda dos rendimentos dos Treasuries e alimentou apostas em cortes de juros mais à frente.

No Brasil, os investidores acompanham a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de abril pelo IBGE, além de um estudo da Secretaria de Política Econômica sobre os impactos da proposta de reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Ao fim do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de um evento com o grupo jurídico Prerrogativas em São Paulo, que pode trazer novos comentários sobre a agenda econômica.

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