Redatora
Publicado em 11 de junho de 2025 às 06h46.
Os mercados internacionais operam sem direção única nesta quarta-feira, 11, à espera de desdobramentos sobre o acordo comercial alcançado entre Estados Unidos e China e da divulgação do índice de preços ao consumidor (I) de maio nos EUA.
Na Ásia, os principais índices encerraram o dia em alta após representantes dos dois países confirmarem um entendimento preliminar após dois dias de negociações em Londres. O acordo, que inclui o tema sensível das restrições chinesas à exportação de terras raras, ainda precisa ser aprovado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
O índice CSI 300, da China, subiu 0,75%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,79%. No Japão, o Nikkei 225 teve alta de 0,55%, e o sul-coreano Kospi saltou 1,23%, atingindo o maior nível desde janeiro de 2022. O Kosdaq, focado em small caps, avançou 1,96%. O S&P/ASX 200, da Austrália, teve alta marginal de 0,06%, e o indiano Nifty 50 subiu 0,43%.
Na Europa, as bolsas operam com ganhos moderados. Por volta das 6h (horário de Brasília), o CAC 40, de Paris, avançava 0,37%; o DAX, de Frankfurt, ganhava 0,14%; e o FTSE 100, de Londres, subia 0,10%. O índice europeu Stoxx 600 tinha leve alta de 0,10%.
O setor de defesa se destaca após a sinalização de que o acordo inclui flexibilizações sobre exportações de minerais para tecnologias militares. Ações de empresas como Hensoldt, Renk, Saab e Dassault Aviation sobem entre 1,3% e 2,7%.
Nos Estados Unidos, os futuros de ações caem levemente enquanto investidores esperam mais detalhes sobre o pacto comercial e o relatório de inflação. Por volta das 6h30, os futuros do S&P 500 recuavam 0,14%, os do Nasdaq 100 perdiam 0,11% e os do Dow Jones caíam 0,14%, após o índice ter fechado o pregão anterior em alta de 0,25%.
A expectativa gira agora em torno da divulgação do I de maio, prevista para esta manhã. O consenso do mercado projeta alta de 0,2% no mês e 2,4% na comparação anual. Um número acima do esperado pode reaquecer temores inflacionários, em meio à elevação dos juros longos e ao debate sobre déficits fiscais em grandes economias.